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BIO

Vítor dos Santos é artista plástico e professor universitário na área das artes visuais, desenvolvendo a sua atividade entre Lisboa e o Alentejo, Portugal. A sua prática tridimensional inscreve-se numa abordagem crítica e sensível à condição pós-moderna, procurando captar o espírito incisivo e provocador que permeia a contemporaneidade. As suas obras convocam o espectador para uma posição de confronto emocional, desafiando vínculos afetivos e simbólicos com objetos que operam como mediadores de desejo, memória e identidade.

A investigação artística de dos Santos explora a relação sujeito–objeto enquanto estrutura social e estética, cristalizada na materialidade dos artefactos. Se por um lado a sua produção revela afinidades com o romantismo — na medida em que representa estados emocionais e existenciais — por outro, apropria-se de estratégias conceptuais herdadas de Duchamp, Warhol e dos movimentos neo-avant-garde, nomeadamente através da paródia, da apropriação e da deslocação semântica. Ao mimetizar e subverter os limites dos desejos sociais projetados nos objetos, o artista evidencia o seu poder de condensar afetos e significados “materiais”. Este processo simultaneamente desmistifica a função simbólica dos objetos e reforça a “aura” da obra de arte, que se afirma como contraponto crítico ao consumo e à estetização dominante. A prática de dos Santos propõe, assim, uma reflexão sobre os modos de produção e receção da arte contemporânea, articulando emoção, crítica e forma numa linguagem tridimensional que interroga o presente.

 

 Vítor dos Santos is a visual artist and university professor in the field of visual arts, working between Lisbon and the Alentejo region of Portugal. His tridimensional practice is grounded in a critical and sensitive engagement with the postmodern condition, seeking to capture the incisive and provocative spirit that permeates contemporary society. His works invite the viewer into a space of emotional confrontation, challenging affective and symbolic ties to objects that operate as mediators of desire, memory, and identity.

Dos Santos’s artistic research explores the subject–object relationship as both a social and aesthetic structure, crystallized in the materiality of artefacts. While his production reveals affinities with Romanticism—particularly in its representation of emotional states and existential conditions—it simultaneously appropriates conceptual strategies inherited from Duchamp, Warhol, and the neo-avant-garde movements, notably through parody, appropriation, and semantic displacement. By mimicking and subverting the limits of socially constructed desires embedded in objects, the artist highlights their capacity to condense materialized affect and meaning. This process both demystifies the symbolic function of objects and reinforces the “aura” of the artwork, positioning it as a critical counterpoint to dominant modes of consumption and aestheticization. Dos Santos’s practice thus proposes a reflection on the modes of production and reception in contemporary art, articulating emotion, critique, and form within a tridimensional language that interrogates the present.

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